Recém-chegado ao catálogo brasileiro da Netflix, o documentário O Mistério de Maya tem dado o que falar nas redes sociais. Ao abordar terríveis crimes, o longa também figura entre as produções mais assistidas do streaming. Por trás do filme, há uma chocante e revoltante história real.
“Neste documentário, um casal acusado de abuso infantil enfrenta as autoridades da Flórida para recuperar a guarda da filha doente”, diz a sinopse oficial de O Mistério de Maya na Netflix.
Pelo menos até o momento, O Mistério de Maya é o 5º filme mais assistido pelos assinantes brasileiros da Netflix, à frente de hits como Seja Você Mesma e Sangue Negro.
Veja tudo que você precisa saber sobre a história real por trás de O Mistério de Maya, o novo hit da Netflix.
Primeiramente, devemos esclarecer que, como o documentário deixa bem claro, a história de O Mistério de Maya aconteceu na vida real.
O caso em questão ocorreu na cidade de St. Petersburg, no estado americano da Flórida, entre meados de 2016 e 2017.
Tudo começou quando Beata Kowalski, a mãe de Maya, levou a filha ao hospital infantil John Hopkins para tratar de uma síndrome da dor regional complexa (CRPS).
Devido ao quadro grave da filha, Beata, que era enfermeira, solicitou que os médicos administrassem uma dose alta de cetamina, um poderoso anestésico. O anestesiologista de plantão confirmou o diagnóstico, mas a Dra. Sally Smith, diretora médica do Condado de Pinellas, desconfiou da solicitação.
“Smith descobriu que os pais de Maya a levaram uma vez ao Hospital San José Tecnológico, em Monterrey, no México, para um procedimento de cinco dias que exigia que ela fosse sedada e entubada para receber altas doses de cetamina”, explica o site The Cut.
A Dra. Smith, que era conhecida por acionar o Conselho Tutelar nas mínimas suspeitas, aproveitou a situação para acusar a família Kowalski de abuso. De acordo com a médica, Beata sofria de Síndrome de Munchausen – uma desordem psicológica que faz pais e cuidadores fingirem doenças nos filhos para ganhar simpatia, atenção e dinheiro.
No lado oposto do anestesiologista, a Dra. Smith conseguiu fazer com que o pai e a mãe de Maya fossem expulsos do hospital. Eventualmente, a família perdeu a guarda da filha, e logo depois, iniciou uma intensa batalha judicial para recuperá-la.
Separada da filha, Beata teve sua saúde mental completamente deteriorada. 87 dias após a separação, ela cometeu suicídio, morrendo aos 43 anos. 5 dias após a morte da mãe, a guarda de Maya foi devolvida ao pai.
“Um dia eu estava na UTI, e minha mãe me beijou na testa e disse: ‘Eu te amo. Vejo você amanhã’. Nunca mais a vi. Fui sequestrada clinicamente. Tentei ser esperançosa, mas a situação chegou a um ponto em que pensei: ‘Nunca vou sair deste lugar’”, disse Maya em uma entrevista à revista People.
Hoje em dia, Maya tem 17 anos e vive com o pai na Flórida. A Dra. Smith, por sua vez, nunca enfrentou repercussões legais pelo que aconteceu com a família Kowalski. De acordo com o site The Cut, a médica se aposentou no verão deste ano.
Você já pode conferir O Mistério de Maya na Netflix.
Fonte: Observatório do cinema
